sábado, 9 de janeiro de 2016
Resenha: O Guarani - José de Alencar
Autor: José de Alencar
País: Brasil
Editora: Martin Claret
Gênero: Romance
Número de páginas: 279 páginas
Sinopse:O Guarani - um dos romanes mais importantes de José de Alencar - foi uma das primeiras obras criadas com o objetivo de fudar uma literatura brasileira autônoma em relação à tradição portuguesa. Foi inicialmente publicada em forma de folhetim, em meados de 1857, concendendo grande popularidade a Alencar. Quando, no final do mesmo an, foi transformado em livro, sofreu pequenas modificações. Em meio à história de amor entre o índio Peri e a moça branca Ceci, José de Alencar cria uma narrativa épica, cheia de amor, aventura, lutas e vingança, prendendo a atenção do leitor a cada nova página. O romance proclama a brasilidade, focando importantes aspectos da realidade brasileira do século XVII: o índio e o branco; a cidade e o campo; o sertão e o litoral.
Resenha:
Ganhei esse livro da amiga da minha mãe há muitos anos atrás. Okay, não foi há muuuitos atrás, foi uns dois ou três anos atrás. E demorei uns dois anos para ler.
Primeiro eu tinha aquele medo besta de literatura brasileira, aquele que a maioria das meninas tem (maioria, não todas), daquele livro que nem todo mundo está lendo. Segundo eu "tinha coisas melhores para ler". E, por último, eu começava a ler e parava, depois continuava tudo de novo. Ou seja, leitura infinita. Mas finalmente eu tomei coragem e li de uma vez até o final. (Eu ouvi um amém?!)
O livro está repartido em quatro partes: Os aventureiros, Peri, Os Aimorés e A catástrofe.
A primeira, Os aventureiros, é essencialmente descrição. Descrição do senário, dos personagens, do caráter deles, etc, etc.
A segunda parte, Peri, conta todas as tramas e acontecimentos que levaram ao conflito na história.
A terceira parte, Os Aimorés, narra a invasão que a casa da família sofre pelo povo Aimoré e em como a traição dos aventureiros se desenrola.
A quarta e última parte, A catástrofe, mostra como a os personagens livram-se, ou não, das ameaças sofridas.
Os personagens são Cecília, personagem central; Peri, índio que acompanha Ceci; Álvaro de Sá, cavalheiro que é apaixonado por Ceci; Isabel, filha de índia que mora na casa de D. Antônio de Mariz; e Loredano; aventureiro na banda de D. Antônio.
Muitas pessoas falam da descrição de José de Alencar e em como ele é muito meticuloso ao fazê-las. E não digo menos, cada palavra é pura poesia. Uma frase que seria usada sem nenhum cuidado no cotidiano, no livro é feito todo um embelezamento.
Depois um sorriso adejou sobre sobre seu rosto gracioso, como se a alma durante os sono dos olhos viesse brincar nos lábios entreabertos.Depois de preconceitos superados e medos ultrapassados, a leitura fluiu. O livro mais bem escrito que eu já li até hoje.
A história é muito cativante. A forma como os três lados do amor por Ceci são mostrados, focando em suas diferenças de sentimentos, é uma boa alusão ao amor existente.
Um era uma loucura, o outro uma paixão, o último uma religião.Interessante também é o foco nos outros personagens. José de Alencar não só retratou os casos de paixão sofridos pelo índio, por Álvaro e por Loredano em relação a Ceci, mas também outros tipos de comportamento. O amor impossível de Isabel, o caráter de Dom Antônio de Mariz, o sentimento de superioridade de D. Lauriana, o compromisso pelo dinheiro dos aventureiros e a capacidade de vingança dos índios Aimorés.
A leitura foi difícil porque nunca tinha lido um livro com tantas palavras mais, digamos, sofisticadas. Mas dicionário está aí para isso, não? E também é uma boa maneira de aumentar seu vocabulário.
Por hoje é isso meus amores, me digam o que vocês acharam do livro e sugiram matérias e livros
XoXo,
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